Texto originalmente publicado no site do F-utilidades 

A gente já sabe que não é impossível ser feliz solteira e que nossa melhor companhia somos nós mesmas. Mas, não há como mentir que quanto mais nos distanciamos dos padrões sociais, como a idade certa para casar, por exemplo, mesmo a mais segura e feliz das mulheres se sente um pouco vulnerável.

Não importa o quão satisfeita você esteja na sua vida profissional ou quantos dos seus sonhos e metas você já realizou. Se você passou dos 30 e não está casada, é quase certo que em algum momento será cobrada sobre isso – por você ou pelos outros.

Ananda Nascimento, psicóloga e mestre em psicologia clínica que atende por videochamada no Zenklub, falou sobre o lado emocional de fugir dos padrões sociais e se viver de acordo com a própria essência: “As consequências são as mais diversas. Dentre as positivas, destaco o bem-estar psicológico e espiritual ao aceitar a si mesmo por ser quem se é, respeitando a sua própria essência. Assim, é possível se relacionar com os outros de modo mais franco e honesto, reconhecendo seus limites e necessidades. No entanto, como consequências negativas, assinalo o sofrimento psíquico gerado pelo sentimento de exclusão e de não pertencimento a um grupo social”.

No final do ano passado, a neuropsicóloga e coach de vida Andrea Cunha, que também atende Zenklub, escreveu um artigo inspirador sobre como explorar os pequenos momentos de felicidade do dia a dia. “Muito se fala da busca pela felicidade e que, no fundo, todos nós, do bom mocinho ao bandido, estamos em busca de sermos felizes. Mas a felicidade não é o destino e nem o ponto final, mas sim momentos presentes no percurso, na estrada da vida” (dá pra ler o artigo completo aqui).

Mas o que felicidade tem a ver com estar ou não solteira depois dos 30? Tudo! Reconhecer que se é feliz nas pequenas coisas do dia a dia é uma forma de lembrar que felicidade e plenitude não precisam ter a ver com status de relacionamento. Muito pelo contrário: quanto mais a gente se conhece – e a terapia pode ajudar muito nesse processo de autoconhecimento – mais a gente sabe o que cabe e o que não cabe na nossa vida.

Muitas mulheres relatam que conseguiram viver plenamente depois dos 30 – e isso tem menos relação com o fato de estarem ou não solteiras do que com o domínio que têm de si mesmas.