Parte das celebrações de final de ano. Dar e receber presentes é um dos momentos mais esperados do ano. Mas qual a medida certa quando se fala de presentes de Natal? Hoje, a troca de presentes nem sempre tem relação com a celebração em si e, em alguns casos, pode ultrapassar o bom senso.

A verdade é que nessa época do ano nos sentimos pressionados a dar presentes a todos. Pelo menos uma lembrancinha. E muitas vezes o que deveria ser um ato prazeroso se torna motivo de preocupação e ansiedade.  

Vivemos em um sociedade onde o consumo é muito valorizado e dá status social. Junto a isso temos campanhas publicitárias espalhadas por todos os lugares. Nos induzindo ainda mais ao consumo de produtos que nem sempre precisamos.  

Por que damos presentes de Natal?

O Natal é a celebração do nascimento de Jesus para os cristãos. A tradição de dar presentes  surgiu juntamente com a visita dos três reis magos ao local de nascimento de Jesus, trazendo de presente ouro, incenso e mira. Porém, só em 354 d.C. o Papa Libério oficializou o hábito de trocar presentes de Natal.

E foi a partir desse período que outras lendas relacionadas ao Natal sugiram como São Nicolau e o Papai Noel. Ambos conhecidos por presentearem aqueles que precisam. Ato bem semelhante aos três reis magos, que encontraram Maria e seu filho em um celeiro.

Qual a nossa relação com o consumo?

Você se considera uma pessoa consumista? Pois até mesmo aqueles que se consideram mais controlados, podem derrotados por todas as influências que acontecem nessa época do ano. Todos os lugares onde você passa estão repletos e ofertas e chamados para o consumo.

E é muito comum tentar compensar nossas faltas e ausências com um presente. Compramos para os nossos amigos ou familiares tentando compensar ou acreditando que essa é uma forma de demonstrar amor. Compramos para nós mesmos pois acreditamos que merecemos uma recompensa por todo o esforço feito durante o ano.

A publicidade usa de gatilhos que despertam nosso lado mais emocional e assim você acaba com aquela bolsa que vai usar uma vez só e depois vai ficar no fundo do armário. Existem dois truques usados nessa época do ano que nos ajudam a consumir ainda mais:

O efeito da escassez – quando temos um tempo limitado para tomar decisões, nossa mente automaticamente coloca isso como prioridade. O Natal é um período onde as decisões acabando sendo tomadas rápido e, na maioria das vezes, por impulso.

Estímulos múltiplos – músicas natalinas, decorações por toda a parte. Você já teve a sensação que deveria estar comprando algo só porque outros estão fazendo o mesmo? O excesso de estímulo gera estresse e dificulta na tomada decisões.

O que podemos fazer diferente?

Se essa é uma época que super estimula o consumo, o que podemos fazer? É possível buscar conexão com aquilo que é o essencial para você. Questione o que é mais importante, o que você acredita que vai lhe trazer mais felicidade.

A ideia não é deixar de consumir, apenas perceber a razão pela qual você está comprando. Será que todos seus parentes e amigos precisam ganhar uma lembrança? Muitas vezes compramos algo que nem foi pensando para aquela pessoa, sem qualquer conexão com suas preferências e realidade.

Com isso em mente pense em quem você realmente deseja presentear e o que faria essa pessoa feliz. Será que apenas coisas materiais trazem felicidade? Na maioria das vezes precisamos de muito pouco para ser feliz.

Para você o que é mais importante nas festas de final de ano?