Em um levantamento realizado em 2016 pelo Observatório das Metrópoles, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a cidade de São Paulo ficou em 12º lugar no Índice de Bem-Estar Urbano (Ibeu). O estudo mediu o bem-estar nas 5.565 cidades do país considerando cinco indicadores de qualidade: condições ambientais (arborização, esgoto a céu aberto, lixo acumulado); mobilidade urbana, condições habitacionais (número de pessoas por domicílio e de dormitórios), infraestrutura e serviços coletivos urbanos.

Os indicadores considerados pelo estudo formam um conjunto capaz de medir o quanto determinadas cidades têm proporcionado bem-estar aos seus cidadãos. Mas estar em uma cidade com bom posicionamento no ranking não é garantia de uma vida plena. “Sabemos tudo sobre o habitat ideal de qualquer mamífero da face da terra, menos do homo sapiens”, diz o urbanista dinamarquês Jan Gehl, em trecho do livro “Cidades para Pessoas”, selecionado pelo projeto homônimo que investiga, interpreta e experimenta ideias para cidades mais humanas.

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Nesse contexto, parar para se avaliar e para cuidar de si mesmo são atos fundamentais para a rotina de quem vive nas metrópoles. A psicóloga Claudia Comaru, que atende por vídeochamada no Zenklub, propõe que essa pausa e esse olhar para dentro faz com que as pessoas desenvolvam mais presença nas próprias vidas. “Temos uma tendência a facilmente entrar na roda viva dos afazeres cotidianos. (…) Ligamos o botão do piloto automático, seguimos, e esquecemos de desligá-lo.”, diz ela no artigo “Pare de levar a vida no piloto automático”. Ainda de acordo com ela, acabamos automatizando tarefas que fazemos todos os dias, como dirigir e ir ao trabalho. “É possível realizá-los despercebidamente, mesmo tendo recebido todas as estrelinhas por  excelência.”, conclui.

Para a Organização Mundial da Saúde, por exemplo, ter uma vida saudável depende de bem-estar físico, mental e social e, dentre os fatores que podem colocar a saúde mental em risco estão condições de trabalho estressantes, estilo de vida não saudável, discriminação de gênero, violência e violação dos direitos humanos e exclusão social.

Dentro do que propõe a OMS, “condições de trabalho estressantes”,  “estilo de vida não saudáveis” e “bem-estar mental” podem ser destacados como um desafio na vida das metrópoles, seja pelas longas  jornadas de trabalho, pelo estresse gerado pelo trânsito ou pelo tempo que cada indivíduo passa conectado à internet, esquecendo-se, muitas vezes, do quanto isso pode ser desgastante e prejudicial para uma vida saudável.

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